- retomada da valorização do cereal deve começar a partir de 20 de janeiro-
A supersafra do mercado de trigo no Rio Grande do Sul, reafirma a importância do cereal para a economia do agronegócio gaúcho.
Agora, é o momento importante de avaliar a melhor estratégia de comercialização. Conforme o especialista na comercialização de trigo, Marcelo de Baco, o mercado, nesse momento, está com uma pressão natural de safra, a queda do câmbio que, em dois dias, caiu mais de 3%, a bolsa caiu 5% na última semana de operações.
Ele avalia que, logo ali na frente será realizada a colheita de milho. “Muitos vendedores tentam "sair" do trigo para abrir espaço para o a colheita de verão. Também teremos a situação do porto de Rio Grande, com a logística esgotada, represa os lotes já vendidos que forçam novas vendas para abertura de espaço”, afirma Marcelo.
Baco complementa que, “de agora até 20 de janeiro de 2023 veremos esse movimento, pois a logística começa a ficar mais espaçada com as festas de final de ano. Existem fatores que podem recuperar os preços do mercado: O próprio câmbio, a situação de seca na Argentina e alagamentos na Austrália, pode inverter a tendência e o mercado”.
Mais na frente, reitera Baco, teremos a demanda dos moinhos do Norte e Nordeste. “Aqueles que não estão nos portos terão de comprar trigo do RS para atender sua demanda, num momento de menores estoques americanos, distância dos portos para compra de trigo russo e quebra de safra Argentina”.
Para Baco, permanece um vale profundo até 20 a 25 de janeiro e uma retomada dos preços a partir dessa data, com maior intensidade a partir de março, quando ocorre o degelo no Hemisfério Norte.